terça-feira, 21 de maio de 2013

FILHOS, QUEM NÃO OS QUER?




Primeiramente quero deixar claro que não sou nenhum expert sobre as coisas que escrevo,  apenas alguém que gosta, as vezes, de registrar suas impressões até então sobre determinados assuntos,  podendo  daí a pouco  mudar o entendimento se  novas informações e orientações  me parecerem mais convincentes já que não sou dono da verdade. Aliás, adotarei doravante este chavão significando exatamente o que acabo de esclarecer.
Mas vamos lá. Os reis, imperadores, coronéis, mafiosos, etc., da antiguidade e, nalguns casos até hoje, não queriam filhos, mas um filho homem para sucessão e principalmente para exibi-lo.  Caminhando para os mais humildes, já alcançando meu tempo, embora permanecesse a ligeira preferencia pelo filho homem, os filhos passaram a ter um papel ainda mais importante no seio familiar, pois passaram a ser investimento em mão de obra. Ocorre que um lavrador por exemplo, além de não ter dinheiro para contratar peões, se limitando a troca de serviços, faltava de fato a mão de obra. Ter muitos filhos não prenunciava dificuldades, mas garantia de maior produção, de fartura, eis que a partir de 5,6 anos, já eram úteis para diferentes tarefas até que depressinha ganhava uma ferramenta. Você que é pessoa mais vivida (gostou do vivida ?) deve se lembrar que enquanto estava acordada ouvia o dia todo: filho(a) faz isso, filho(a) vai ali buscar aquilo, filho(a) olha seu irmão, filho(a) ... ainda bem que naquele tempo, o primo primeiro do capeta não se cansava e ainda sobrava tempo para correr, brincar, montar, laçar... que disposição! Mas havia regra, seja da lei, dos reis, dos pais...
Hoje tudo mudou: ainda que existam os instintos mais primitivos de algum proveito, os pais planejam os filhos mais como realização pessoal, seja pelo incentivo do instinto materno/paternal, seja para formar uma família, ou qualquer outro motivo. O lado bom enquanto crianças é que os filhos não precisam ficar a disposição dos pais para ir ali, buscar acolá, levar recado e enfim um verdadeiro despachante, entregador, pombo correio etc. O lado talvez falho, é que ao contrário os pais é que precisam ficar a disposição deles, para chorarem, dar birra, quebrar as coisas e a gente nem pode esquentar o bumbum deles, como esquentavam o nosso, se lembram?   Antigamente quando se chegava a adolescência, aliás isto não existia. A gente passava logo para o status de adulto, ganhava a primeira enxada, foice, botinas para entrar no curral e tirar logo o leite, amansar o cavalo, correr da vaca parida se na roça. Na cidade ia logo serventiar o pedreiro, trabalhar no balcão da venda, da padaria, ser contínuo do escritório e enfim, se virar para ganhar o próprio dinheiro e pagar seus estudos se quisesse ser alguma coisa no futuro. Assim a gente trabalhava o dia inteiro e a noite estudava, com complementos nos fins de semana. No meu caso sempre trabalhei em mais de lugar de cada vez e estudei igualmente dois a três coisas ao mesmo tempo e tudo era possível. Hoje quando o jovem chega a adolescência, é uma preguiça danada, teimosia, se achando e exigindo isto ou aquilo, sempre do melhor, não come isso não come aquilo, não gosto disso, não gosto daquilo, enfim, uma ABORRECÊNCIA sem tamanho e se você achar ruim ele ainda lhe diz: “quem mandou você me por no mundo”? E pode considerar-se com sorte se seu filho ou filha pelo menos estudar e  tirar boas notas na escola. Será maior sua sorte se sua filha não chegar grávida de um vagabundo em casa e ainda trazê-lo consigo ou se ela ou outro filho não resolver experimentar drogas ou se meter na vida do crime facilitados que estão pela lei de nosso país. Pois é, e pela mesma lei você nem pode “quebrar a cara deles” ( força de expressão) como quebravam a nossa! O jeito é deixar que os outros, os estranhos quebrem de verdade e sem dó para nosso desespero. Mas como nossos sentimentos de pais são hereditários, a gente continua amando-os bonzinhos ou capetinhas e rezando, para que uma ajuda celeste nos poupe de maiores crueldades.
Só conversa como quer o legislador, as vezes não resolve, mas é o que você tem e por isso converse bastante desde quando sua criança entender alguma coisa. E se drogar, não tente ser herói dizendo que resolve a parada e nem besta de acreditar na palavra deles: vou parar, pai. Não sou viciado mãe, deixo quando quiser.  – É viciado sim e não vai parar nunca se você não tiver atitude. O que você chama de pena hoje vai virar martírio amanhã, pois a solução estará cada dia mais difícil. Sou pessimista não! Acontece que embora seu filho de fato fale as coisas acreditando naquilo e querendo honrar o que diz, a droga não oferece esta oportunidade, ela não dá trégua e domina os mais fracos e mais fortes. Sofra agora procurando ajuda para seu filho e tão logo seja possível interne ele, trancafie sem dó numa clínica onde ele fique sem chances de fugir antes de completar o tratamento, pois do contrário VOCE VAI PERDÊ-LO. Não existe atitude neste campo sem sofrimento e por isso sofra menos se for hoje.
Desculpem, as vezes começo a escrever com uma intenção e quando vejo fui pra outras bandas. Mas...vamos lá, quem sabe ajuda alguém a sair do armário!
Meu nome é Pedro Alves e como já disse, não sou dono da verdade. Mas.....sou sócio, viu?


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